Os geneticistas desenvolveram um projeto de
decodificação, projeto este que lhes permite anteciparem através da análise do
DNA, a intervenção no tratamento de várias doenças.
A triagem neonatal, conhecida
como o teste do pezinho, realizada na própria maternidade, entre o terceiro e o
sétimo dia de nascimento da criança, extraindo da mesma, gotinhas de sangue de
seu calcanhar, que permite aos médicos preverem através da triagem básica, a
fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito.
A triagem ampliada inclui o
exame para outras doenças, que se tratadas e controladas poderão evitar sérios
problemas futuros.
Através do exame de DNA,
descobre-se a paternidade de uma criança, o que deixa evidente que o fator
hereditário é transferido de pais para filhos; e sem duvida alguma, muitas
doenças são hereditárias.
Entende-se, entretanto, que a
hereditariedade se demora no campo biológico, se transfere de pais para filhos,
e para os descendentes futuros, definindo os caracteres físicos, tais como a
cor dos olhos, tamanho da boca, cor da pele, e, em algumas oportunidades os
traços característicos que dão aos filhos uma similitude maior com o pai ou com
a mãe.
Este é um fato inquestionável,
mas será que o fator hereditário, se demora nas partículas infinitesimais de
matéria em que se apresentam os genes?
Mas alguns psicólogos e
psicanalistas, entre estes alguns espíritas, tem apresentado o vicio das
drogas, do alcoolismo, etc., como uma resultante de células que trazem esta
tendência, entretanto esta possibilidade atende apenas aos cientistas ateístas,
não aos espiritualistas, e muito menos aos espíritas.
Em o livro, Missionários da
Luz, de André Luiz, psicografado por Francisco C. Xavier, o mentor Alexandre
nos apresenta através da reencarnação de Segismundo, um estudo dos mapas
cromossômicos, afirmando que estes mapas são a geografia dos genes da
hereditariedade distribuídos nos cromossomos. Informando-nos ainda que
determinadas células, se responsabilizariam em originar de futuro um distúrbio
cardíaco ao reencarnante, neste caso Alexandre não estava se utilizando do
processo de decodificação, não estava partindo dos efeitos para concluir a
causa, estava desenvolvendo um projeto de codificação, explicando a causa do
magnífico fenômeno da vida biológica.
Não ignoramos a hereditariedade,
entendemos que o espírito e a matéria se complementam em simbiose absoluta,
pois o espírito oferece ao homem a configuração humanoide, cabeça, tronco e
membros, e, a matéria oferece os detalhes hereditários, cor da pele, dos olhos,
tamanho da boca, etc.
Neste mesmo capitulo
supracitado, somos informados, que o espírito é o eu diretor do corpo, é a
fonte de todas as nossas sensações e manifestações, e é o períspirito, o
responsável pela organização celular do corpo físico.
E embora afirmemos de que os
fatores hereditários que definem as configurações características do homem, no
que concerne a similitude materna e paterna, sejam heranças materiais, isto não
concerne, pois os corpos de matéria se desintegram, os elementos físicos e
químicos que formam esses corpos vão formar outros corpos, então perguntamos;
quais as vias biológicas que possibilitam essa sequência hereditária?
Entendemos que a herança
genética, seja assimilada pelo espírito, através das reencarnações em que este
vivencia o que nos leva a concluir de que estas já estão contidas no espirito, sendo ainda este
quem define os traços característicos no campo da hereditariedade. Um pouco
mais adiante definirei melhor esta possibilidade.
Se espírito, períspirito, ou
corpo energético, principio psíquico e corpo material, se demoram em simbiose,
é natural que o espírito ao formar o corpo, transfira suas anomalias, seus
desajustes emotivos, a constituição celular. Se o espírito trouxer tendências
viciosas de reencarnações anteriores, vai sem duvida alguma interiorizar essas
deficiências a matéria, portanto, um espírito que haja vivido o vicio das
drogas, do alcoolismo, etc., vai inserir este desajuste aos genes, elaborando
células que realmente vão se ativar, favorecendo a manifestação do vicio,
entretanto a causa não esta na célula, esta no espírito.
Aceitando a possibilidade de
ser a vicissitude a resultante de uma hereditariedade, temos que aceitar com os
ateístas a hipótese de que a inteligência é um atributo das células neuronais; será?
Espíritas, se fizermos uso da
lógica e da razão, verificaremos que se esta hipótese fosse verdadeira, o
espírito estaria subordinado à matéria, pois a tendência hereditária
apresentaria uma vontade determinante, projetando o espírito fatalmente ao vicio.
Poderemos apresentar como tese
de defesa, que sucumbir ao vicio, ou supera-lo, vai depender de sua vontade, se
for um espírito evoluído vai resistir, e então perguntamos qual a necessidade
de um espírito que já se superou nos vícios, que trás uma evolução maior, estar
reprisando a uma experiência viciosa; vai torna-lo mais evoluído?
E, não estaremos ignorando a
Lei Divina? Pois nós sabemos que homens viciados no alcoolismo e nas demais
drogas, são levados em muitas oportunidades a praticar o crime. Existem jovens
usuários de drogas, que quando estão vivendo a ansiedade e a angustia,
provocada pelo vicio, matam para obter dinheiro e adquirir a mesma; qual a
responsabilidade de culpa deste individuo?
Se a Lei Divina o
"punir", estará sendo injusta, pois o individuo estará sendo
"punido" por uma atitude que lhe foge a determinação e a vontade, mas
por outro lado, se não aferir esta transgressão, demonstrara falhas em sua
aplicação, e, pelo que apreendemos na doutrina espírita, a Lei Divina é perfeita,
é sabia, é imutável, equitativa e amorosa.
Polemizando esta questão com
um amigo psicólogo e espírita, ele me apresentou como tese de defesa de seu
ponto de vista, Kardec em o livro A Gênese, capitulo I, questão 55, vejamos:
"Caminhando de par com o
progresso, o espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas
lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria
nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitara".
Concordo plenamente com
Kardec, pois o Espiritismo é uma doutrina eclética, não é dogmática, e embora
seja perfeita em seu postulado, é estudada e extrapolada por homens, espíritos
ainda imaturos que somos; mas será que Kardec nos pediu nestas palavras a que
aceitemos tudo o que a ciência discorda do espiritismo?
Creio que não, pois teríamos
que deixar de crer em Deus, e acreditar na casualidade, este é o primeiro e
mais forte ponto de divergência da ciência com o espiritismo.
Allan Kardec nos pede, para
que estejamos analisando, aquilo que a ciência apresente, colocando a premissa,
a luz da lógica e da razão, se responder a esta aferição, e ficar demonstrado
que estamos equivocados, então mudemos nossos conceitos.
A ciência é sem duvida alguma,
um dos mais evidentes instrumentos da evolução, a ela devemos o avanço
tecnológico, e cultural, a mesma nos trouxe o conforto e o bem estar, nos mais
variados setores da vida. Entretanto, também é trabalhada por mentes, e mãos
humanas, nem todos os cientistas são um Einstein, um Newton, um Galileu, um
Arquimedes, etc., como existem os místicos no espiritismo, também os temos na
ciência. Com isto, não pretendo afirmar que os geneticistas estão equivocados,
no trabalho que desenvolvem, pois fizeram descobertas maravilhosas, descobertas
que favorecem a humanidade no campo da saúde, apenas discordo dos mesmos que
seja o fator hereditário a causa dos vícios, como já o explicitei. Os geneticistas estão corretos quanto ao
estudo da decodificação, entretanto, quanto à conclusão final estão
equivocados, pois acreditar que os vícios tenham como causa a hereditariedade é
defender o axioma da casualidade, como dito este axioma responde aos ateístas.
Mas não aos espíritas, pois
nós espíritas compreendemos que todo efeito tem uma causa, e se todo efeito tem
uma causa, é forçoso convir de que todo efeito inteligente, necessariamente, há
que ter uma causa inteligente, não dá para acreditarmos, que os distúrbios da
psique, tenham uma célula como causa.
Embora respeitável a ciência,
como vimos, André Luiz nos trouxe em o livro “Missionários da Luz” revelações
genéticas explicando também o fator hereditário, entretanto, deixando evidente
que, a causa primeira da vida humana, e de sua manifestação inteligente, é o
espírito; ah!
Eu
ia me esquecendo, como a morte não existe e a vida continua, temos cientistas
despojados do corpo físico, e André Luiz é um deles.
Mas não satisfeito, com estas
argumentações, meu amigo espírita e psicólogo, argumentou ainda comigo, haver
verificado através de tratamentos realizados em seus pacientes, que a maioria
dos casos de alcoolismo, trazia sempre, pais, avos, ou bisavós, que haviam
possuído o vicio de beber. Informando-me o tratamento de um rapaz que bebia, e
para justificar o vicio do mesmo, me apresentou o álibi que seu bisavô, e seu
avo, bebiam o pai do rapaz não tinha o vicio, mas que com certeza ele o herdara
dos antepassados.
Temos nesta informação mais um
álibi que corrobora a premissa de que a transferência dos fatores hereditários
não se sequencia através do corpo físico de matéria, pois neste caso o bisavô e
o avo bebiam, mas o pai não. Sendo uma hereditariedade física, que submetesse o
espirito, o pai também deveria beber, entretanto não bebeu, e mais o pai não
havendo bebido, interromperia o sequencial hereditário, pois de alguma forma
deixou de possuir os genes do vicio, e
neste caso o filho não seria mais submetido a hereditariedade viciosa.
Não existe hereditariedade
espiritual, pois somos os construtores de nosso próprio destino, somos
herdeiros de nossas próprias obras. Reencarnamos junto a determinados pais por
lei vibracional, lei de afinidade, é mesmo estranho que alguns espíritas acreditem
em hereditariedade espiritual.
O gene que seria o responsável
pelo desenvolvimento do vicio, pode estar presente no DNA, entretanto, se o
espírito já superou este momento evolutivo, não haverá campo para a
manifestação desse gene.
Basta lembrar que na
reencarnação de Segismundo, Alexandre esclarece André Luiz que dependendo da
conduta do reencarnante, poderia ser suavizado, e mesmo eliminado, o problema
de origem cardíaca que se manifestaria durante a sua existência na terra. O rapaz
supostamente herdeiro, pode ter sido a reencarnação de seu bisavô, carregando
ainda as tendências viciosas do passado.
Lembremos que é impossível a
um papai ou mamãe, transferir luz e amor, a um filho que se encontre em trevas,
sendo impossível essa transferência, é também impossível à hereditariedade,
pois herdar é receber algo de alguém, e, no que respeita os valores legítimos,
estes são inalienáveis, são intransferíveis.
Somos herdeiros do Criador,
individualidades, participantes do universo, concebidos por Deus, dotados de
inteligência e de amor, nos é facultado o livre arbítrio, e nos transformamos
em construtores de nosso próprio destino.
O que tínhamos que herdar, já
o possuímos em potenciação no núcleo da alma, os atributos de Deus, na condição
de um eterno vir a ser, e esses atributos, estarão se maturando e se expandindo na eternidade.
E este raciocínio nos leva a
concluir de que os genes, não se resumem a uma partícula de matéria, mas de que
os mesmos têm como constituição, um principio psíquico, ou psiquismo, que
arquiva os fatores hereditários, permitindo-lhes se reapresentarem,
sequenciando as características que definem as semelhanças dos espécimes, ou
das famílias.
Embora os geneticistas
entendam de que hereditariedade tenha como causa a matéria, e que seja através
desta que o fator genético, manifeste aos corpos dos filhos a similitude dos
pais, esta possibilidade não existe, pois os corpos de matéria se desintegram,
devolvendo ao laboratório da natureza e da vida, os elementos físicos e químicos
que o compunham, esses elementos vão formar outros corpos. Então somos levados
a deduzir de que é no corpo espiritual que se arquivam as vivenciações e
experienciações todas que refletem o corpo de matéria. E dizemos no corpo
espiritual, porque já verificamos a impossibilidade do corpo material
sequenciar o fator hereditário, mas não podemos nos esquecer de que existe
ainda o corpo energético, ou períspirito, vejamos esta possibilidade.
O corpo energético
(períspirito), também apresenta algumas supostas impossibilidades, pois embora o corpo
energético se demore em simbiose com o espirito, e se revista mesmo das
energias que se manifestam no mundo em
que se demore, em determinados momentos da evolução, ele se despe dessas
energias mais densas da ambiência em que vive, conforme nos narra André Luiz em
o livro “Libertação”, transformando-se em um ovoide, e embora não haja morrido
em sua essência, mas as energias mais densas, se dispersaram.
Outro fator que desfavorece
esta possibilidade é o processo de miniaturização, pois quando do momento
reencarnatório, o períspirito se libera das energias perispirituais que carrega
da vida anterior e que a modificou mesmo, na colônia em que haja se demorado,
revestindo-se de elementos de matéria em outra dimensão, existentes na colônia
em que se demore, e estas modificações acontecem devido à mudança de hábito na
alimentação, na modificação no campo do sexo, e outros, como pudemos verificar
o períspirito sofre fortes alterações antes de reencarnar. (ver o livro de André Luiz Missionários da
Luz, no Capitulo A Reencarnação de Segismundo e também as paginas 210 e 211)
E não podemos nos esquecer de
que o fator hereditário não se manifesta apenas na condição de humanoide, está
presente no campo da evolução anímica a partir do reino do minério definindo os
espécimes; no reino vegetal, sequenciando através da semente, os detalhes das
cores, do perfume, pois se planta um pé de rosa vermelha, e está não produz
rosas brancas, tanto quanto o perfume das rosas se individualiza do perfume de
outras flores; e no reino animal a hereditariedade não deixa de existir, pois
existem animais de varias espécimes, e estas só sofrem modificações quando
acontece o cruzamento de raças, o que corrobora o que estou informando. Então
nos parece de que é o corpo espiritual que assimila as experiências, e as
sequencia na evolução do ser na eternidade.
Os atributos que herdamos de
Deus, se demoram em potenciação em nosso inconsciente puro, e este inconsciente
é o repertório de um eterno vir a ser, que se maturando vai manifestar-se na
eternidade, e o corpo espiritual é o corpo que retém esse manancial infinito de
informações, tanto quanto do principio psíquico (psiquismo) que revestido de
uma partícula de matéria em outra dimensão, é o gene.
E lembramos ainda de que o
espirito, o corpo espiritual, o corpo energético (períspirito), e o corpo de
matéria se demoram radicados, formando um único corpo, o ser humano, o que nos
leva a raciocinar de que não importa qual seja o corpo que interaja nos variados
momentos da manifestação do espirito, pois todos eles respondem aos requisitos
do espirito em sua caminhada evolutiva, e, portanto passam a ser um único e
mesmo corpo.
Então questionamos; fosse o
fator hereditário um atributo da matéria, de que caminho se apropria para
sequenciar sua presença na vida do ser na eternidade? E apreciando a vida dos
minérios, dos vegetais, dos animais,
tanto quanto dos humanos, verificamos que a hereditariedade é
ininterrupta.
Como retro explicitado de que
o “Ser” é formado por quatro corpos de constituição vibracional diferenciada,
radicados um ao outro, e que no momento evolutivo em que nos demoramos, nos
apresentando como seres humanos, são eles que definem a nossa configuração
física.
Centelha divina (espírito),
corpo energético (períspirito), principio psíquico, e elemento matéria-energia,
são os elementos que em simbiose, formam o “Ser humano”, sendo que a centelha
divina ou espirito, é a fonte inteligente que insufla os demais corpos, tanto
quanto os elementos que constituem esses corpos de vida, em outras
palavras, o espírito é a vida do “Ser”,
e esta concepção, tornam mais explicitas as palavras de Jesus, quando nos
disse, vos sois deuses.
E apresentando esta premissa,
não apresento nada de novo, pois Allan Kardec na questão de o livro dos
espíritos 95 questiona o Espirito da Verdade, e este responde a Kardec de que o
espirito revestido do corpo espiritual, ou corpo mental, tem a forma que ele
queira, e já apresentamos esta realidade, em o texto, O Pensamento é uma Manifestação
do Principio Psíquico.
Neste tema eu falo da
mistificação dos espíritos revestindo a forma característica de outro espirito,
tanto quanto as entidades das trevas que se demoram vivendo configurações
diabólicas para impressionar os crédulos, entretanto esta é apenas uma criação
momentânea, pois não encontra sustentação no inconsciente do espirito, como
explicitarei a seguir.
E ainda em Kardec no capitulo
14 de o livro A Gênese,
parágrafos 13 e 14, nos passa informações que corroboram esta premissa, vejamos.
“Os fluidos espirituais, que
constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a
atmosfera dos seres espirituais; o elemento donde eles tiram os materiais sobre
que operam; o meio onde ocorrem os fenômenos especiais, perceptíveis á visão e
á audição do Espirito, mas que escapam aos sentidos carnais, impressionáveis
somente a matéria tangível; o meio onde se forma a luz peculiar ao mundo
espiritual, diferente, pela causa e pelos efeitos, da luz ordinária; finalmente
o veiculo do pensamento como o ar o é do som.” Que revelação maravilhosa, só
necessitamos compreende-la.
E ainda em o tema O Pensamento
é uma Manifestação do Principio Psíquico, transcrevo um tópico apresentado por
André Luiz no livro “Evolução em Dois Mundos” no capitulo Corpo Espiritual que
corroboram as palavras de Kardec, não vou transcreve-lo pois se tornaria
redundante, mas vou transcrever uma frase desse capitulo no intento de
extrapolar melhor o mesmo, e sequenciarmos nossos estudos.
“Para definirmos, de alguma
sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é
reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete,
tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que
lhe preside a formação”.
Nestas palavras apresentadas
por André Luiz, verificamos de que o corpo espiritual, não é o corpo mental,
pois ele afirma, “tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o
corpo mental que lhe preside a formação”.
Ao afirmar-nos de que o “corpo
espiritual retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação”, nos está
informando que o corpo espiritual é constituído de uma energia imaterial,
entretanto definida em sua constituição característica, “é o corpo espiritual o
veiculo físico por excelência”.
E conforme Kardec, Deus é
imaterial, e a lógica o corrobora, e ainda somos informados por Kardec de que o
espirito é uma centelha divina do Criador, sendo uma centelha divina de Deus, o
espirito em sua essência é imaterial.
Em outras palavras, é o corpo
espiritual que reflete o corpo mental, pois este é revestido de matéria em
outra dimensão, como nos informa André Luiz, quando nos diz de que o mesmo tem
uma “formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica,
em cuja tessitura as células, preexistem
noutra faixa vibratória” e se o corpo mental é composto de células, é um
corpo material, embora em outra dimensão.
Sequencio a explicação que
acima vinha expondo, sobre a capacidade criativa do espirito, a ponto de um
mistificador, encontrar a capacidade de se revestir da configuração física de
outro espírito, procurando, contudo nos manter sempre atentos a Kardec,
vejamos.
88 - Os espíritos têm uma
forma determinada, limitada e constante?
- Aos vossos olhos, não aos
nossos; sim. Eles são, se o quiserdes, uma flama, um clarão ou uma centelha
etérea.
A resposta apresentada pelo
Espirito da Verdade a Kardec, quanto à possibilidade de o espirito ter forma, é
sim. E esta resposta apresentada a Kardec, nos parece a priori contraditória,
pois os espíritos não se apresentam sempre com a mesma forma, esta se modifica
com a maturação da centelha divina, desde o reino do minério, através da
evolução anímica, percorrendo o reino vegetal, o animal, continuando a
modificar-se no reino humanoide, e demorando-se a modificar na configuração
humana, vai modificar-se na eternidade, pois o espirito em sua evolução não se
descaracteriza, então a forma não pode ser fixa, ou seja, limitada.
Concordamos com Kardec, o
espírito tem forma sim, pois não fosse à forma um dos atributos do espirito, e
teríamos que atribui-la ao corpo energético, ou ao corpo físico, entretanto
tanto o corpo energético, quanto o corpo físico, revestem o espirito.
Como acima informado sobre o
capitulo Corpo Espiritual, inserido em o Livro “Evolução em Dois Mundos” nosso
amigo André Luiz nos fala do retrato do corpo mental, que não é outra coisa que
não, a energia psíquica, que revestida de matéria em outra dimensão reveste o
corpo espiritual, e mais ele deixa evidente de que o corpo espiritual não é um
reflexo do corpo físico, porque na realidade é o corpo físico que o reflete, e
afirma de que o corpo espiritual retrata em si o corpo mental que lhe preside a
formação. Pelo que se pode extrapolar das palavras apresentadas por André Luiz,
o corpo espiritual tem forma, ou seja, conserva a forma do momento evolutivo em
que se demora, e é esta forma que assimila a energia mental (psique ou
ideoplastia mental) presidindo-lhe a formação.
Então como o afirma Kardec, e
André Luiz o corrobora, o espirito tem forma sim, entretanto está forma não é
uma forma definida, fixa, a forma como todas as potenciações que herdamos de
Deus, encerra um eterno vir a ser, e se manifestará modificando-se com a
evolução.
O espirito tem forma sim,
porém não definida, ele desenvolve a forma, desde o reino do minério, e a
partir de então esta forma vai se modificando no decorrer da evolução da
centelha divina (espirito), e embora aconteça a colaboração hereditária no
desenvolvimento e formação da forma, a lógica e a razão nos leva a concluir de
que a configuração apresentada pelo “Ser”, já tem um protótipo definido, que se
complementará através da hereditariedade.
Ao afirmar de que já temos um
protótipo definido, dá a impressão de que estamos ignorando o livre arbítrio,
entretanto não é verdade, pois para atingirmos a configuração da forma, no
momento evolutivo em que nos demoramos, o espirito escolhe caminhos variados,
mas esta escolha só acontece no campo da genética, quando o espirito desperta
para a razão no reino humanoide. Entretanto não podemos nos esquecer de que nos
reinos inferiores da natureza, conforme retro informado, a hereditariedade já
participa do desenvolvimento da mesma.
Não podemos nos esquecer de
que com a evolução do espirito, este participa de maneira mais ativa no
desenvolvimento de sua evolução, não apenas no que concerne na manifestação da
forma, mas nos infinitos potenciais que encerra no núcleo da alma como um
eterno vir a ser.
Mas, embora hajamos sido
facultados com o livre arbítrio, não podemos nos esquecer de que esta nossa
liberdade, se manifesta contida por um dique que a fataliza, pois um princípio
de lei, é a causa que antecede, a qualquer fenômeno, e o concretizar da forma,
em seus detalhes, não escapa a este determino da evolução, a hereditariedade,
não escapa a este principio de lei, regida por um único e mesmo principio, ou
causa, esta complementa a forma.
Pode parecer de que eu esteja
tolhendo o livre arbítrio, mas para tentar esclarecer melhor esta informação
lembro de que a evolução é uma fatalidade, entretanto os caminhos e meios são
muitos, e variados. Não esquecendo, contudo, de que embora não se manifestasse
ainda no reino do minério e do vegetal o livre arbítrio, a hereditariedade
obediente à lei determinante da evolução, se fazia presente, colaborando na
elaboração da forma, em seus mais variados momentos de ser.
Apreendemos na genética de que
os cromossomos é que definem o sexo feminino ou masculino, e para que tenhamos
uma noção ainda que elementar de como este fenômeno se processa, apresentarei
algumas informações da biologia a este respeito.
As fêmeas possuem dois
cromossomas sexuais do mesmo tipo (XX) o chamado sexo heterogamético, pois
produz apenas um tipo de gameta, que contém o cromossomo X. Os machos têm dois
cromossomos sexuais de tipos diferentes (XY), sendo o sexo heterogamético, ou
seja, produz dois tipos de gametas – aqueles que contêm o cromossomo X e que ao
fecundarem, formarão um individuo do sexo feminino e os que contêm um
cromossomo Y, que ao fecundarem formarão um individuo do sexo masculino.
Importa, contudo lembrar de
que embora haja a participação da genética na formação do ser, seja este
masculino ou feminino, a genética não é a causa que define os sexos, a causa é
o espirito, o espirito reencarnante é que seleciona por afinidade os
cromossomos que atendam a formação do corpo masculino, ou feminino. Estivesse o
espirito subordinado aos gametas na definição do sexo em que vai reencarnar, ou
seja, se reencarnar como homem, ou como mulher, e teríamos que admitir de que o
espirito estaria subordinado à matéria, e assim a matéria seria a causa,
enquanto que o espirito seria o efeito.
E como já sabemos a forma está
inserida como um potencial que se maturara através das vivenciações do
principio inteligente, ou centelha divina, desde o reino do minério, tanto
quanto no reino vegetal. Entretanto por não havermos elaborado ainda a
consciência, que é o parâmetro de aferição, que estará aferindo nossa harmonia
ou desarmonia com a consciência cósmica do Criador, tanto quanto e também, o
arquivo que guardará para a eternidade as formas pelo espirito vivenciadas,
então deduzimos de que as formas manifestas nesses dois reinos, não hajam sido
registradas na energética do espírito.
O que não é exato, pois
verificamos que todas as configurações físicas, permanecem gravadas na
ambiência da vida, nos mais infinitos recônditos do universo, na consciência
cósmica do Criador, em outras palavras no universo nada morre, nem mesmo as
formas que hajam se manifestado, como uma configuração física está passam a
fazer parte do histórico da vida, registrados para toda a eternidade.
Embora em nosso momento
evolutivo, só nos seja possivel apreciar as formas arquivadas em nosso
inconsciente passado, a partir do reino animal através da regressão da memoria,
conforme retro informado, e isto pelo fato de demorar-se ainda incompleto o
parâmetro de aferição a consciência, espíritos outros de uma evolução maior,
podem trazer a baila da memória imagens do reino mineral, e também do vegetal,
pois a energética da mente apresenta uma maturidade que lhes permite rever
esses momentos.
E embora acreditemos não
hajamos arquivado as formas que antecedem ao início da caminhada rumo à individualidade
através da evolução anímica, enquanto nos demorávamos no núcleo da substância,
pois não havíamos ainda iniciado, nossa caminhada em busca da individualidade,
e, nos demorássemos ainda generalizados, esta possibilidade não se justifica.
Já assimilávamos os efeitos derivados de nosso principio inteligente, pois nos
é impossível ignorar, de que sendo centelhas divinas do Criador, e já
guardávamos os atributos divinos de Deus, em absoluto, como um eterno vir a
ser, - somos deuses - o eu inteligente não haja registrado experiências vividas
no período que antecede a busca da individualidade a partir do reino do minério
através da evolução anímica.
Em minha miopia espiritual
acredito que o mecanismo da evolução é um atributo de Deus na vida, e tenha se
manifestado Deste na eternidade, e acreditar que nesse período a centelha
divina haja deixado de registrar as experienciações e vivenciações, é acreditar
que a evolução do “Ser” encerre lacunas vazias no campo da evolução. Entretanto
estas são deduções em que procuro atentar a lógica e a racionalidade, mas que
para serem comprovadas, ou desmentidas, temos que aguardar os fatos que a
comprovarão, ainda por alguns milênios adiante na eternidade.
Entretanto as vivenciações no
reino animal nos são confirmadas no
período da gravides, pois num processo de auto regressão, o espirito
reencarnante revive momentaneamente as formas que percorreu no momento
evolutivo em que se demorava no reino animal, isto podemos verificar através de
vídeos que acompanham o desenvolvimento do embrião no ventre materno.
Mas vamos fazer um interregno,
pois para encerrar o tema “Principio Psíquico”, vou escrever outro texto que
terá por titulo, “Os Laços que Ligam o Espirito ao Corpo de Matéria”, e o
principio psíquico é o elemento que atua na vida do universo, manifestando-se
em momentos diferenciados de ser, entretanto este será sempre o psiquismo, que
alimenta a vida dos elementos mais variados de ser do universo, dentre
infinitos outros os vírus, as bactérias os anticorpos, e não poderíamos nos
esquecer do psíquico da Terra, ou de outros infinitos corpos ciclópicos
imensuráveis, que orbitam no infinito.
Sola
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