quarta-feira, 1 de março de 2017

Princípio Psíquico e Hereditariedade

                                 
José Sola
           
 Os geneticistas desenvolveram um projeto de decodificação, projeto este que lhes permite anteciparem através da análise do DNA, a intervenção no tratamento de várias doenças.
A triagem neonatal, conhecida como o teste do pezinho, realizada na própria maternidade, entre o terceiro e o sétimo dia de nascimento da criança, extraindo da mesma, gotinhas de sangue de seu calcanhar, que permite aos médicos preverem através da triagem básica, a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito.
A triagem ampliada inclui o exame para outras doenças, que se tratadas e controladas poderão evitar sérios problemas futuros.
Através do exame de DNA, descobre-se a paternidade de uma criança, o que deixa evidente que o fator hereditário é transferido de pais para filhos; e sem duvida alguma, muitas doenças são hereditárias.
Entende-se, entretanto, que a hereditariedade se demora no campo biológico, se transfere de pais para filhos, e para os descendentes futuros, definindo os caracteres físicos, tais como a cor dos olhos, tamanho da boca, cor da pele, e, em algumas oportunidades os traços característicos que dão aos filhos uma similitude maior com o pai ou com a mãe.
Este é um fato inquestionável, mas será que o fator hereditário, se demora nas partículas infinitesimais de matéria em que se apresentam os genes? 
Mas alguns psicólogos e psicanalistas, entre estes alguns espíritas, tem apresentado o vicio das drogas, do alcoolismo, etc., como uma resultante de células que trazem esta tendência, entretanto esta possibilidade atende apenas aos cientistas ateístas, não aos espiritualistas, e muito menos aos espíritas.
Em o livro, Missionários da Luz, de André Luiz, psicografado por Francisco C. Xavier, o mentor Alexandre nos apresenta através da reencarnação de Segismundo, um estudo dos mapas cromossômicos, afirmando que estes mapas são a geografia dos genes da hereditariedade distribuídos nos cromossomos. Informando-nos ainda que determinadas células, se responsabilizariam em originar de futuro um distúrbio cardíaco ao reencarnante, neste caso Alexandre não estava se utilizando do processo de decodificação, não estava partindo dos efeitos para concluir a causa, estava desenvolvendo um projeto de codificação, explicando a causa do magnífico fenômeno da vida biológica.
Não ignoramos a hereditariedade, entendemos que o espírito e a matéria se complementam em simbiose absoluta, pois o espírito oferece ao homem a configuração humanoide, cabeça, tronco e membros, e, a matéria oferece os detalhes hereditários, cor da pele, dos olhos, tamanho da boca, etc.
Neste mesmo capitulo supracitado, somos informados, que o espírito é o eu diretor do corpo, é a fonte de todas as nossas sensações e manifestações, e é o períspirito, o responsável pela organização celular do corpo físico.
E embora afirmemos de que os fatores hereditários que definem as configurações características do homem, no que concerne a similitude materna e paterna, sejam heranças materiais, isto não concerne, pois os corpos de matéria se desintegram, os elementos físicos e químicos que formam esses corpos vão formar outros corpos, então perguntamos; quais as vias biológicas que possibilitam essa sequência hereditária?
Entendemos que a herança genética, seja assimilada pelo espírito, através das reencarnações em que este vivencia o que nos leva a concluir de que estas já  estão contidas no espirito, sendo ainda este quem define os traços característicos no campo da hereditariedade. Um pouco mais adiante definirei melhor esta possibilidade.       
Se espírito, períspirito, ou corpo energético, principio psíquico e corpo material, se demoram em simbiose, é natural que o espírito ao formar o corpo, transfira suas anomalias, seus desajustes emotivos, a constituição celular. Se o espírito trouxer tendências viciosas de reencarnações anteriores, vai sem duvida alguma interiorizar essas deficiências a matéria, portanto, um espírito que haja vivido o vicio das drogas, do alcoolismo, etc., vai inserir este desajuste aos genes, elaborando células que realmente vão se ativar, favorecendo a manifestação do vicio, entretanto a causa não esta na célula, esta no espírito.
Aceitando a possibilidade de ser a vicissitude a resultante de uma hereditariedade, temos que aceitar com os ateístas a hipótese de que a inteligência é um atributo das células neuronais; será?
Espíritas, se fizermos uso da lógica e da razão, verificaremos que se esta hipótese fosse verdadeira, o espírito estaria subordinado à matéria, pois a tendência hereditária apresentaria uma vontade determinante, projetando o espírito fatalmente ao vicio.
Poderemos apresentar como tese de defesa, que sucumbir ao vicio, ou supera-lo, vai depender de sua vontade, se for um espírito evoluído vai resistir, e então perguntamos qual a necessidade de um espírito que já se superou nos vícios, que trás uma evolução maior, estar reprisando a uma experiência viciosa; vai torna-lo mais evoluído?
E, não estaremos ignorando a Lei Divina? Pois nós sabemos que homens viciados no alcoolismo e nas demais drogas, são levados em muitas oportunidades a praticar o crime. Existem jovens usuários de drogas, que quando estão vivendo a ansiedade e a angustia, provocada pelo vicio, matam para obter dinheiro e adquirir a mesma; qual a responsabilidade de culpa deste individuo?
Se a Lei Divina o "punir", estará sendo injusta, pois o individuo estará sendo "punido" por uma atitude que lhe foge a determinação e a vontade, mas por outro lado, se não aferir esta transgressão, demonstrara falhas em sua aplicação, e, pelo que apreendemos na doutrina espírita, a Lei Divina é perfeita, é sabia,  é imutável,  equitativa e amorosa.
Polemizando esta questão com um amigo psicólogo e espírita, ele me apresentou como tese de defesa de seu ponto de vista, Kardec em o livro A Gênese, capitulo I, questão 55, vejamos:
"Caminhando de par com o progresso, o espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitara".
Concordo plenamente com Kardec, pois o Espiritismo é uma doutrina eclética, não é dogmática, e embora seja perfeita em seu postulado, é estudada e extrapolada por homens, espíritos ainda imaturos que somos; mas será que Kardec nos pediu nestas palavras a que aceitemos tudo o que a ciência discorda do espiritismo?
Creio que não, pois teríamos que deixar de crer em Deus, e acreditar na casualidade, este é o primeiro e mais forte ponto de divergência da ciência com o espiritismo.
Allan Kardec nos pede, para que estejamos analisando, aquilo que a ciência apresente, colocando a premissa, a luz da lógica e da razão, se responder a esta aferição, e ficar demonstrado que estamos equivocados, então mudemos nossos conceitos.
A ciência é sem duvida alguma, um dos mais evidentes instrumentos da evolução, a ela devemos o avanço tecnológico, e cultural, a mesma nos trouxe o conforto e o bem estar, nos mais variados setores da vida. Entretanto, também é trabalhada por mentes, e mãos humanas, nem todos os cientistas são um Einstein, um Newton, um Galileu, um Arquimedes, etc., como existem os místicos no espiritismo, também os temos na ciência. Com isto, não pretendo afirmar que os geneticistas estão equivocados, no trabalho que desenvolvem, pois fizeram descobertas maravilhosas, descobertas que favorecem a humanidade no campo da saúde, apenas discordo dos mesmos que seja o fator hereditário a causa dos vícios, como já o explicitei.  Os geneticistas estão corretos quanto ao estudo da decodificação, entretanto, quanto à conclusão final estão equivocados, pois acreditar que os vícios tenham como causa a hereditariedade é defender o axioma da casualidade, como dito este axioma responde aos ateístas.
Mas não aos espíritas, pois nós espíritas compreendemos que todo efeito tem uma causa, e se todo efeito tem uma causa, é forçoso convir de que todo efeito inteligente, necessariamente, há que ter uma causa inteligente, não dá para acreditarmos, que os distúrbios da psique, tenham uma célula como causa.
Embora respeitável a ciência, como vimos, André Luiz nos trouxe em o livro “Missionários da Luz” revelações genéticas explicando também o fator hereditário, entretanto, deixando evidente que, a causa primeira da vida humana, e de sua manifestação inteligente, é o espírito; ah!                                                                                                                                                     Eu ia me esquecendo, como a morte não existe e a vida continua, temos cientistas despojados do corpo físico, e André Luiz é um deles.
Mas não satisfeito, com estas argumentações, meu amigo espírita e psicólogo, argumentou ainda comigo, haver verificado através de tratamentos realizados em seus pacientes, que a maioria dos casos de alcoolismo, trazia sempre, pais, avos, ou bisavós, que haviam possuído o vicio de beber. Informando-me o tratamento de um rapaz que bebia, e para justificar o vicio do mesmo, me apresentou o álibi que seu bisavô, e seu avo, bebiam o pai do rapaz não tinha o vicio, mas que com certeza ele o herdara dos antepassados.
Temos nesta informação mais um álibi que corrobora a premissa de que a transferência dos fatores hereditários não se sequencia através do corpo físico de matéria, pois neste caso o bisavô e o avo bebiam, mas o pai não. Sendo uma hereditariedade física, que submetesse o espirito, o pai também deveria beber, entretanto não bebeu, e mais o pai não havendo bebido, interromperia o sequencial hereditário, pois de alguma forma deixou de possuir os genes do  vicio, e neste caso o filho não seria mais submetido a hereditariedade viciosa. 
Não existe hereditariedade espiritual, pois somos os construtores de nosso próprio destino, somos herdeiros de nossas próprias obras. Reencarnamos junto a determinados pais por lei vibracional, lei de afinidade, é mesmo estranho que alguns espíritas acreditem em hereditariedade espiritual.
O gene que seria o responsável pelo desenvolvimento do vicio, pode estar presente no DNA, entretanto, se o espírito já superou este momento evolutivo, não haverá campo para a manifestação desse gene.
Basta lembrar que na reencarnação de Segismundo, Alexandre esclarece André Luiz que dependendo da conduta do reencarnante, poderia ser suavizado, e mesmo eliminado, o problema de origem cardíaca que se manifestaria durante a sua existência na terra. O rapaz supostamente herdeiro, pode ter sido a reencarnação de seu bisavô, carregando ainda as tendências viciosas do passado.
Lembremos que é impossível a um papai ou mamãe, transferir luz e amor, a um filho que se encontre em trevas, sendo impossível essa transferência, é também impossível à hereditariedade, pois herdar é receber algo de alguém, e, no que respeita os valores legítimos, estes são inalienáveis, são intransferíveis.
Somos herdeiros do Criador, individualidades, participantes do universo, concebidos por Deus, dotados de inteligência e de amor, nos é facultado o livre arbítrio, e nos transformamos em construtores de nosso próprio destino.
O que tínhamos que herdar, já o possuímos em potenciação no núcleo da alma, os atributos de Deus, na condição de um eterno vir a ser, e esses atributos, estarão se maturando  e se expandindo na eternidade.
E este raciocínio nos leva a concluir de que os genes, não se resumem a uma partícula de matéria, mas de que os mesmos têm como constituição, um principio psíquico, ou psiquismo, que arquiva os fatores hereditários, permitindo-lhes se reapresentarem, sequenciando as características que definem as semelhanças dos espécimes, ou das famílias.
Embora os geneticistas entendam de que hereditariedade tenha como causa a matéria, e que seja através desta que o fator genético, manifeste aos corpos dos filhos a similitude dos pais, esta possibilidade não existe, pois os corpos de matéria se desintegram, devolvendo ao laboratório da natureza e da vida, os elementos físicos e químicos que o compunham, esses elementos vão formar outros corpos. Então somos levados a deduzir de que é no corpo espiritual que se arquivam as vivenciações e experienciações todas que refletem o corpo de matéria. E dizemos no corpo espiritual, porque já verificamos a impossibilidade do corpo material sequenciar o fator hereditário, mas não podemos nos esquecer de que existe ainda o corpo energético, ou períspirito, vejamos esta possibilidade.
O corpo energético (períspirito), também apresenta algumas supostas  impossibilidades, pois embora o corpo energético se demore em simbiose com o espirito, e se revista mesmo das energias  que se manifestam no mundo em que se demore, em determinados momentos da evolução, ele se despe dessas energias mais densas da ambiência em que vive, conforme nos narra André Luiz em o livro “Libertação”, transformando-se em um ovoide, e embora não haja morrido em sua essência, mas as energias mais densas, se dispersaram.
Outro fator que desfavorece esta possibilidade é o processo de miniaturização, pois quando do momento reencarnatório, o períspirito se libera das energias perispirituais que carrega da vida anterior e que a modificou mesmo, na colônia em que haja se demorado, revestindo-se de elementos de matéria em outra dimensão, existentes na colônia em que se demore, e estas modificações acontecem devido à mudança de hábito na alimentação, na modificação no campo do sexo, e outros, como pudemos verificar o períspirito sofre fortes alterações antes de reencarnar.  (ver o livro de André Luiz Missionários da Luz, no Capitulo A Reencarnação de Segismundo e também as paginas 210 e 211)
E não podemos nos esquecer de que o fator hereditário não se manifesta apenas na condição de humanoide, está presente no campo da evolução anímica a partir do reino do minério definindo os espécimes; no reino vegetal, sequenciando através da semente, os detalhes das cores, do perfume, pois se planta um pé de rosa vermelha, e está não produz rosas brancas, tanto quanto o perfume das rosas se individualiza do perfume de outras flores; e no reino animal a hereditariedade não deixa de existir, pois existem animais de varias espécimes, e estas só sofrem modificações quando acontece o cruzamento de raças, o que corrobora o que estou informando. Então nos parece de que é o corpo espiritual que assimila as experiências, e as sequencia na evolução do ser na eternidade.
Os atributos que herdamos de Deus, se demoram em potenciação em nosso inconsciente puro, e este inconsciente é o repertório de um eterno vir a ser, que se maturando vai manifestar-se na eternidade, e o corpo espiritual é o corpo que retém esse manancial infinito de informações, tanto quanto do principio psíquico (psiquismo) que revestido de uma partícula de matéria em outra dimensão, é o gene.
E lembramos ainda de que o espirito, o corpo espiritual, o corpo energético (períspirito), e o corpo de matéria se demoram radicados, formando um único corpo, o ser humano, o que nos leva a raciocinar de que não importa qual seja o corpo que interaja nos variados momentos da manifestação do espirito, pois todos eles respondem aos requisitos do espirito em sua caminhada evolutiva, e, portanto passam a ser um único e mesmo corpo.
Então questionamos; fosse o fator hereditário um atributo da matéria, de que caminho se apropria para sequenciar sua presença na vida do ser na eternidade? E apreciando a vida dos minérios, dos vegetais, dos animais,  tanto quanto dos humanos, verificamos que a hereditariedade é ininterrupta.
Como retro explicitado de que o “Ser” é formado por quatro corpos de constituição vibracional diferenciada, radicados um ao outro, e que no momento evolutivo em que nos demoramos, nos apresentando como seres humanos, são eles que definem a nossa configuração física.
Centelha divina (espírito), corpo energético (períspirito), principio psíquico, e elemento matéria-energia, são os elementos que em simbiose, formam o “Ser humano”, sendo que a centelha divina ou espirito, é a fonte inteligente que insufla os demais corpos, tanto quanto os elementos que constituem esses corpos de vida, em outras palavras,  o espírito é a vida do “Ser”, e esta concepção, tornam mais explicitas as palavras de Jesus, quando nos disse, vos sois deuses.
E apresentando esta premissa, não apresento nada de novo, pois Allan Kardec na questão de o livro dos espíritos 95 questiona o Espirito da Verdade, e este responde a Kardec de que o espirito revestido do corpo espiritual, ou corpo mental, tem a forma que ele queira, e já apresentamos esta realidade, em o texto, O Pensamento é uma Manifestação do Principio Psíquico.
Neste tema eu falo da mistificação dos espíritos revestindo a forma característica de outro espirito, tanto quanto as entidades das trevas que se demoram vivendo configurações diabólicas para impressionar os crédulos, entretanto esta é apenas uma criação momentânea, pois não encontra sustentação no inconsciente do espirito, como explicitarei a seguir.
E ainda em Kardec no capitulo 14 de o livro A            Gênese, parágrafos 13 e 14, nos passa informações que corroboram esta premissa, vejamos.
“Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais; o elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam; o meio onde ocorrem os fenômenos especiais, perceptíveis á visão e á audição do Espirito, mas que escapam aos sentidos carnais, impressionáveis somente a matéria tangível; o meio onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual, diferente, pela causa e pelos efeitos, da luz ordinária; finalmente o veiculo do pensamento como o ar o é do som.” Que revelação maravilhosa, só necessitamos compreende-la.
E ainda em o tema O Pensamento é uma Manifestação do Principio Psíquico, transcrevo um tópico apresentado por André Luiz no livro “Evolução em Dois Mundos” no capitulo Corpo Espiritual que corroboram as palavras de Kardec, não vou transcreve-lo pois se tornaria redundante, mas vou transcrever uma frase desse capitulo no intento de extrapolar melhor o mesmo, e sequenciarmos nossos estudos.
“Para definirmos, de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação”.
Nestas palavras apresentadas por André Luiz, verificamos de que o corpo espiritual, não é o corpo mental, pois ele afirma, “tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação”.
Ao afirmar-nos de que o “corpo espiritual retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação”, nos está informando que o corpo espiritual é constituído de uma energia imaterial, entretanto definida em sua constituição característica, “é o corpo espiritual o veiculo físico por excelência”.
E conforme Kardec, Deus é imaterial, e a lógica o corrobora, e ainda somos informados por Kardec de que o espirito é uma centelha divina do Criador, sendo uma centelha divina de Deus, o espirito em sua essência é imaterial.
Em outras palavras, é o corpo espiritual que reflete o corpo mental, pois este é revestido de matéria em outra dimensão, como nos informa André Luiz, quando nos diz de que o mesmo tem uma “formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, preexistem  noutra faixa vibratória” e se o corpo mental é composto de células, é um corpo material, embora em outra dimensão.
Sequencio a explicação que acima vinha expondo, sobre a capacidade criativa do espirito, a ponto de um mistificador, encontrar a capacidade de se revestir da configuração física de outro espírito, procurando, contudo nos manter sempre atentos a Kardec, vejamos.
88 - Os espíritos têm uma forma determinada, limitada e constante?
- Aos vossos olhos, não aos nossos; sim. Eles são, se o quiserdes, uma flama, um clarão ou uma centelha etérea.
A resposta apresentada pelo Espirito da Verdade a Kardec, quanto à possibilidade de o espirito ter forma, é sim. E esta resposta apresentada a Kardec, nos parece a priori contraditória, pois os espíritos não se apresentam sempre com a mesma forma, esta se modifica com a maturação da centelha divina, desde o reino do minério, através da evolução anímica, percorrendo o reino vegetal, o animal, continuando a modificar-se no reino humanoide, e demorando-se a modificar na configuração humana, vai modificar-se na eternidade, pois o espirito em sua evolução não se descaracteriza, então a forma não pode ser fixa, ou seja, limitada.
Concordamos com Kardec, o espírito tem forma sim, pois não fosse à forma um dos atributos do espirito, e teríamos que atribui-la ao corpo energético, ou ao corpo físico, entretanto tanto o corpo energético, quanto o corpo físico, revestem o espirito.
Como acima informado sobre o capitulo Corpo Espiritual, inserido em o Livro “Evolução em Dois Mundos” nosso amigo André Luiz nos fala do retrato do corpo mental, que não é outra coisa que não, a energia psíquica, que revestida de matéria em outra dimensão reveste o corpo espiritual, e mais ele deixa evidente de que o corpo espiritual não é um reflexo do corpo físico, porque na realidade é o corpo físico que o reflete, e afirma de que o corpo espiritual retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação. Pelo que se pode extrapolar das palavras apresentadas por André Luiz, o corpo espiritual tem forma, ou seja, conserva a forma do momento evolutivo em que se demora, e é esta forma que assimila a energia mental (psique ou ideoplastia mental) presidindo-lhe a formação.
Então como o afirma Kardec, e André Luiz o corrobora, o espirito tem forma sim, entretanto está forma não é uma forma definida, fixa, a forma como todas as potenciações que herdamos de Deus, encerra um eterno vir a ser, e se manifestará modificando-se com a evolução.
O espirito tem forma sim, porém não definida, ele desenvolve a forma, desde o reino do minério, e a partir de então esta forma vai se modificando no decorrer da evolução da centelha divina (espirito), e embora aconteça a colaboração hereditária no desenvolvimento e formação da forma, a lógica e a razão nos leva a concluir de que a configuração apresentada pelo “Ser”, já tem um protótipo definido, que se complementará através da hereditariedade.
Ao afirmar de que já temos um protótipo definido, dá a impressão de que estamos ignorando o livre arbítrio, entretanto não é verdade, pois para atingirmos a configuração da forma, no momento evolutivo em que nos demoramos, o espirito escolhe caminhos variados, mas esta escolha só acontece no campo da genética, quando o espirito desperta para a razão no reino humanoide. Entretanto não podemos nos esquecer de que nos reinos inferiores da natureza, conforme retro informado, a hereditariedade já participa do desenvolvimento da mesma.
Não podemos nos esquecer de que com a evolução do espirito, este participa de maneira mais ativa no desenvolvimento de sua evolução, não apenas no que concerne na manifestação da forma, mas nos infinitos potenciais que encerra no núcleo da alma como um eterno vir a ser.
Mas, embora hajamos sido facultados com o livre arbítrio, não podemos nos esquecer de que esta nossa liberdade, se manifesta contida por um dique que a fataliza, pois um princípio de lei, é a causa que antecede, a qualquer fenômeno, e o concretizar da forma, em seus detalhes, não escapa a este determino da evolução, a hereditariedade, não escapa a este principio de lei, regida por um único e mesmo principio, ou causa, esta complementa a forma.
Pode parecer de que eu esteja tolhendo o livre arbítrio, mas para tentar esclarecer melhor esta informação lembro de que a evolução é uma fatalidade, entretanto os caminhos e meios são muitos, e variados. Não esquecendo, contudo, de que embora não se manifestasse ainda no reino do minério e do vegetal o livre arbítrio, a hereditariedade obediente à lei determinante da evolução, se fazia presente, colaborando na elaboração da forma, em seus mais variados momentos de ser.    
Apreendemos na genética de que os cromossomos é que definem o sexo feminino ou masculino, e para que tenhamos uma noção ainda que elementar de como este fenômeno se processa, apresentarei algumas informações da biologia a este respeito.
As fêmeas possuem dois cromossomas sexuais do mesmo tipo (XX) o chamado sexo heterogamético, pois produz apenas um tipo de gameta, que contém o cromossomo X. Os machos têm dois cromossomos sexuais de tipos diferentes (XY), sendo o sexo heterogamético, ou seja, produz dois tipos de gametas – aqueles que contêm o cromossomo X e que ao fecundarem, formarão um individuo do sexo feminino e os que contêm um cromossomo Y, que ao fecundarem formarão um individuo do sexo masculino.
Importa, contudo lembrar de que embora haja a participação da genética na formação do ser, seja este masculino ou feminino, a genética não é a causa que define os sexos, a causa é o espirito, o espirito reencarnante é que seleciona por afinidade os cromossomos que atendam a formação do corpo masculino, ou feminino. Estivesse o espirito subordinado aos gametas na definição do sexo em que vai reencarnar, ou seja, se reencarnar como homem, ou como mulher, e teríamos que admitir de que o espirito estaria subordinado à matéria, e assim a matéria seria a causa, enquanto que o espirito seria o efeito.  
E como já sabemos a forma está inserida como um potencial que se maturara através das vivenciações do principio inteligente, ou centelha divina, desde o reino do minério, tanto quanto no reino vegetal. Entretanto por não havermos elaborado ainda a consciência, que é o parâmetro de aferição, que estará aferindo nossa harmonia ou desarmonia com a consciência cósmica do Criador, tanto quanto e também, o arquivo que guardará para a eternidade as formas pelo espirito vivenciadas, então deduzimos de que as formas manifestas nesses dois reinos, não hajam sido registradas na energética do espírito.
O que não é exato, pois verificamos que todas as configurações físicas, permanecem gravadas na ambiência da vida, nos mais infinitos recônditos do universo, na consciência cósmica do Criador, em outras palavras no universo nada morre, nem mesmo as formas que hajam se manifestado, como uma configuração física está passam a fazer parte do histórico da vida, registrados para toda a eternidade.
Embora em nosso momento evolutivo, só nos seja possivel apreciar as formas arquivadas em nosso inconsciente passado, a partir do reino animal através da regressão da memoria, conforme retro informado, e isto pelo fato de demorar-se ainda incompleto o parâmetro de aferição a consciência, espíritos outros de uma evolução maior, podem trazer a baila da memória imagens do reino mineral, e também do vegetal, pois a energética da mente apresenta uma maturidade que lhes permite rever esses momentos.
E embora acreditemos não hajamos arquivado as formas que antecedem ao início da caminhada rumo à individualidade através da evolução anímica, enquanto nos demorávamos no núcleo da substância, pois não havíamos ainda iniciado, nossa caminhada em busca da individualidade, e, nos demorássemos ainda generalizados, esta possibilidade não se justifica. Já assimilávamos os efeitos derivados de nosso principio inteligente, pois nos é impossível ignorar, de que sendo centelhas divinas do Criador, e já guardávamos os atributos divinos de Deus, em absoluto, como um eterno vir a ser, - somos deuses - o eu inteligente não haja registrado experiências vividas no período que antecede a busca da individualidade a partir do reino do minério através da evolução anímica.
Em minha miopia espiritual acredito que o mecanismo da evolução é um atributo de Deus na vida, e tenha se manifestado Deste na eternidade, e acreditar que nesse período a centelha divina haja deixado de registrar as experienciações e vivenciações, é acreditar que a evolução do “Ser” encerre lacunas vazias no campo da evolução. Entretanto estas são deduções em que procuro atentar a lógica e a racionalidade, mas que para serem comprovadas, ou desmentidas, temos que aguardar os fatos que a comprovarão, ainda por alguns milênios adiante na eternidade.
Entretanto as vivenciações no reino animal nos são confirmadas  no período da gravides, pois num processo de auto regressão, o espirito reencarnante revive momentaneamente as formas que percorreu no momento evolutivo em que se demorava no reino animal, isto podemos verificar através de vídeos que acompanham o desenvolvimento do embrião no ventre materno.   
Mas vamos fazer um interregno, pois para encerrar o tema “Principio Psíquico”, vou escrever outro texto que terá por titulo, “Os Laços que Ligam o Espirito ao Corpo de Matéria”, e o principio psíquico é o elemento que atua na vida do universo, manifestando-se em momentos diferenciados de ser, entretanto este será sempre o psiquismo, que alimenta a vida dos elementos mais variados de ser do universo, dentre infinitos outros os vírus, as bactérias os anticorpos, e não poderíamos nos esquecer do psíquico da Terra, ou de outros infinitos corpos ciclópicos imensuráveis, que orbitam no infinito.
                                                                                 Sola






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